28 de março de 2012

custo do trigo 2012

Trigo mourisco - sarraceno

      O sarraceno, trigo sarraceno, trigo mourisco, trigo mouro, trigo preto (Fagopyrum esculentum)  é uma dicotiledônea da família Polygonaceae.
      Planta anual, de caule ereto, herbáceo, ramificado, folhas alternas, sagitadas, uma única raiz principal ramificada. Inflorescência reunida num racemo corimbiforme, com flores hermafroditas. O fruto é um aquênio trígono.
     Do ponto de vista botânico tem sido identificadas 58 variedades distribuídas em duas subespécies (vulgaris e multifolium).
      Na prática ,tomando como base para identificação as características dos grãos, são reconhecidas apenas três variedades:
 Japonesa
 Prateada
 Comum
      Nativo da Ásia Central, o trigo sarraceno chegou à Europa durante a Idade Média, ocupando na agricultura européia, uma posição relevante até o descobrimento das Américas, quando foi introduzido o milho,. O cultivo ficou restrito aos terrenos montanhosos e com limitações ecológicas.
     Seu curto ciclo vegetativo torna insubstituível, tornando o único produto agrícola cultivado em larga escala na Sibéria.
      No Brasil, o cultivo foi introduzido por colonos eslavos e se popularizou nos anos de 1928 a 1930.
     De 1966 a 1974, o Brasil exportou 185 mil toneladas de grãos de mourisco, principalmente, para a Europa e Japão.

 Vantagens do cultivo do sarraceno:
1. Permite realizar até 3 (três) cultivos em uma única safra de verão devido ao seu ciclo curto (mais ou menos 60 dias);
2. Permite o cultivo em terrenos pobre e ácidos devido a sua rusticidade, ou aproveitar satisfatoriamente os resíduos de adubação da cultura precedente;
3. Por apresentar crescimento rápido e volumosa massa verde é indicado para cobertura do solo;
4. Sua abundante florada constituem uma formidável fonte de néctar com grande potencial de produção de mel ( de 110 a 170 kg de mel por ha);
5. Utilizada com planta forrageira, podendo ser usado na alimentação animal: o grão, a palha, toda planta, na forma de silagem;
6. Alto valor industrial para extração de rutina,  substância que regula o colesterol no sangue e reduz a hipertensão; possui as vitaminas do complexo B, B1 e B2, que regulam o funcionamento do sistema nervoso, além de reduzir a concentração de triglicerídeos. A rutina também é usada no tratamento de lesões provocadas por queimaduras danos causados pelo frio, raio X, radiação atômica e no tratamento de retinites e glaucoma.
7. Produção de farinha sem glúten para alimentação humana;
8. Grão para alimentação de animais (bovinos, suínos, ovinos eqüinos, caprinos, aves de postura e corte) com a seguinte composição:
 Proteína 10,21% (alto valor de lisina e triptofano)
 Matérias graxas 2,27%
 Hidrato de carbono 62,85%
 Fibra10,78%
 Cinzas 1,89%
 Cálcio 0,09%
 Fósforo 0,31%
 Potássio 0,45%
 Nitrogênio 1,63%
 O farelo após a retirada da farinha tem 30% de proteína e 7% de gordura.
     Rendimento no moinho:
 58% de farinha clara
 16% de farinha escura
 4% farelo
 22% casca
9. Investigações demonstraram que é capaz de se utilizar do fósforo e potássio pouco solúveis no solo, fato que classifica como uma planta recicladora de K e P;
10. Grande tolerância à acidez
11. Em função dos exsudatos radiculares e pelo fato de ser uma planta de família distinta (Polygonaceae) das prinicpais culturas como trigo, milho(gramíneas)  e feijão, soja (leguminosas), traz efeitos positivos na supreção de doenças, principalmente as radiculares que são de difícil controle, sendo recomendada na rotação de culturas;
12. Dispensa o uso de agroquímicos como herbicidas, fungicida e inseticidas;
13. Planta com características técnicas e econômicas que trazem resultados econômicos com a colheita de grãos, com produção média de 2 a 3 mil kg/ha;
      O peso de mil sementes é aproximadamente de 35 gramas.
      Recomenda-se plantar um linhas (20 cm entre linhas) ou a lanço utilizando 60 kg/ha de semente.
Na eventualidade de realizar adubação recomenda-se reduzir o nitrogênio para evitar o acamamento, usando fertilizantes a base de fósforo e potássio. Também é aconselhável usar boro no tratamento de sementes (1mg/kg).

 Alimentação Humana     Na cozinha polonesa, russa e judaica, o trigo sarraceno é usado para fazer uma papa, chamada kacha ou kache.
     Na cozinha francesa a farinha do trigo sarraceno faz parte da massa dos crêpes.
     Na cozinha ucraniana o trigo sarraceno se chama grechka e é largamente usado no dia-a-dia e também para confeccionar um dos pratos do menu natalino – a kutia.
     Na cozinha bretã a farinha do trigo sarraceno faz parte da massa dos crêpes.
     Na cozinha japonesa, o trigo sarraceno é chamada de sobá e é largamente usado no dia-a-dia pelos japoneses e também para fazer um dos pratos frios nos dias quentes de várias estações do ano, chamada de Haru-somén, Natsu-somén, Aki-somén e Fuyu-Somén, para fazer pratos tipos, como Lámen, Somen e Udon e para fazer prato quente ou frio na virada do ano, chamada de Toshikoshi-sobá.
     O país onde ainda é mais consumido é a Rússia, onde costumam consumi-lo na forma de grãos torrados adicionados de ovos e cebolas, resultando em uma especialidade chamada kasha. Já nos outros países, é mais consumido na forma de farinha.
     O macarrão soba, do Japão e as panquecas de trigo sarraceno, dos Estados Unidos são alguns exemplos do seu uso.
     O macarrão de trigo sarraceno (soba) é encontrado em lojas de produtos orientais, é de fácil digestão e preparado com uma mistura de farinha de trigo e trigo-sarraceno, a qual se acrescenta uma solução de bicarbonato de potássio.
     Alto valor industrial para extração de rutina,  substância que regula o colesterol no sangue e reduz a hipertensão; possui as vitaminas do complexo B, B1 e B2, que regulam o funcionamento do sistema nervoso, além de reduzir a concentração de triglicerídeos. 
     A rutina também é usada no tratamento de lesões provocadas por queimaduras danos causados pelo frio, raio X, radiação atômica e no tratamento de retinites e glaucoma.
     Ele não contém glúten, sendo uma ótima opção para os portadores de doença celíaca, que não podem consumir o glúten.
     Por outro lado, na maioria das receitas é adicionado de farinha de trigo, para um melhor resultado em receitas de pães.
     Na culinária, se utilizado o grão, ele deve ser lavado para retirar algum resíduo e cozido utilizando para cada porção do grão, duas de líquido. Normalmente demora cerca de 30 minutos para amolecer, em fogo baixo.
     Em termos nutricionais, é uma boa fonte de manganês, magnésio e fibras dietéticas. Seus efeitos benéficos também estão ligados à presença de flavonóides, principalmente a rutina, também conhecida como Vitamina P e a quercetina. Estes compostos protegem contra doenças pois agem como antioxidantes.     
     A sua proteína é de alto valor biológico, contendo todos os aminoácidos essenciais, incluindo a lisina. Em muitos estudos, uma alimentação rica em grãos integrais como o trigo sarraceno mostraram suas propriedades preventivas contra doenças como as cardiovasculares, incluindo a arteriosclerose, diabetes e obesidade entre outras, principalmente por seu teor de fibras e outros compostos que incluem as gorduras polinsaturadas e que podem ter um efeito protetor contra estas doenças.

21 de março de 2012

biomas do Brasil

Cronologia da agricultura no RS

CRONOLOGIA DA AGRICULTURA NO RIO GRANDE DO SUL
1609
     A agricultura do Rio Grande do Sul começou sob o ponto de vista econômico quando os jesuítas e guaranis, principalmente a região missioneira dos Sete Povos das Missões (São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista e Santo Ângelo Custódio) criavam imensos rebanhos.
     No período entre 1609 e 1768, sob o domínio teocrático, desenvolveram além da questão cultural e religiosa, muitos avanços nas questões econômicas.
     A criação de animais domésticos, como cavalos, ovinos e bovinos, que serviram como força de trabalho na tração de carroças e implementos agrícolas, na alimentação como carne e leite, no vestuário com peles e lã.
     Uma das primeiras agroindústria foi a do curtume de pele. Também desta época a extração e o beneficiamento da erva mate e a moagem de grãos através de manjolos e pilões.

1748
     A partir de 1748, a imigração para casais açorianos passa a ser subvencionada e calcula-se que entraram no Rio Grande aproximadamente 2.300 açorianos entre 1748 e 1756, o que representava dois terços da população gaúcha da época.
     O maior legado para a ocupação foi a policultura de subsistência, incluindo-se aí o trigo.

1780     Em 1780, as charqueadas consistiam da produção artesanal e em pequena escala de carne seca para a alimentação de escravos em todo o Brasil.

1824
     Em 1824 o Governo Imperial do Brasil, criou uma série de medidas aduaneiras (imposto de 640 réis sobre cada animal e a taxa de 2%, cobrados sobre couro, charque, sebo e gordura) e a proibição do envio de gado bovino para o Uruguai, medida esta de conflitava entre estancieiros e charqueadores, além do descaso do governo às solicitações de sobretaxar a carne Argentina como forma de igualar a concorrência.
     As primeiras tentativas de trazer colonos europeus ocorreram em 1824 quando a oferta brasileira de cessão de 77 hectares de terras, de ferramentas, gado, sementes, auxílio financeiro durante os dois primeiros anos, além da isenção de impostos nos primeiros 10 anos, encontrou um contingente populacional na Alemanha que viu na migração a única saída, quando aproximadamente 5.000 colonos chegaram ao Rio Grande do Sul, especialmente em na região do rio dos Sinos (São Leopoldo).

1875    
     As primeiras famílias de italianos chegaram a partir de1875, vindos do norte da Itália, das regiões do Vêneto (54%), Lombardia (33%).

1882
     A soja chegou ao Brasil via Estados Unidos, em 1882. Gustavo Dutra, então professor da Escola de Agronomia da Bahia, realizou os primeiros estudos de avaliação de cultivares introduzidas daquele país.

1891
     Em 1891 houve a chegada do primeiro grupo de migrantes vindos do norte da Polônia, região então ocupada pela Prússia.
     A grande expansão da produção agrícola ocorreu tanto pela melhoria dos transportes, que permitiu o acesso dos produtos agrícolas ao mercado, como pela adoção de tecnologias modernas, mas o fato mais importante foi o grande número de agricultores-colonizadores que incorporaram terras virgens.

1900
     Em 1900 e 1901, o Instituto Agronômico de Campinas, SP, promoveu a primeira distribuição de sementes de soja para produtores paulistas e, nessa mesma data, têm-se registro do primeiro cultivo de soja no Rio Grande do Sul (RS), onde a cultura encontrou efetivas condições para se desenvolver e expandir, dadas as semelhanças climáticas do ecossistema de origem (sul dos EUA) dos materiais genéticos existentes no País, com as condições climáticas predominantes no extremo sul do Brasil.

1912    
     Em 1912, o Ministério da Agricultura criou o primeiro Campo Experimental de Trigo, no Rio Grande do Sul.

1914
     Em 1914 com a primeira grande guerra dificultou a importação de peças e ferramentas para a produção agrícola, o que favoreceu o surgimento de empresas nacionais, mas sem interferir no modelo econômico exportador de matéria-prima da agricultura.
     O primeiro registro de cultivo de soja no Brasil data de 1914 no município de Santa Rosa, RS.

1919
     Em 1919 foi fundada a Estação Experimental de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis.
     A triticultura brasileira teve um marco importante, em 1962, com a criação do CTRIN, que, conjugado com o esforço da pesquisa, que fez surgir variedades resistentes à ferrugem, além do salto nas cotações internacionais da soja e o preço de incentivo do trigo.

1940
     Mas foi somente a partir dos anos 40 que ela adquiriu alguma importância econômica, merecendo o primeiro registro estatístico nacional em 1941, no Anuário Agrícola do RS: área cultivada de 640 ha, produção de 450 t e rendimento de 700 kg/ha.
     Nesse mesmo ano instalou-se a primeira indústria processadora de soja do País (Santa Rosa, RS) e, em 1949, com produção de 25.000 t, o Brasil figurou pela primeira vez como produtor de soja nas estatísticas internacionais.

1950
     Nos anos 50 no Rio Grande do Sul, a atividade agrícola sofreu forte declínio, em função da redução da capacidade produtiva natural dos solos, da impossibilidade de avanço da fronteira agrícola, e da expansão das lavouras no Estado do Paraná e no Centro-Oeste, o que desencadeou uma nova crise no setor agrícola.
     A expansão da triticultura gaúcha começou nos anos 50 sustentada pelo crédito fácil, juros baratos e garantia de preço estável. Durante muitos anos o Rio Grande do Sul foi o maior produtor de trigo do Brasil, perdendo a liderança para o Paraná em 1979.

1960
     Nos anos 60-70, a produção agrícola intensiva, voltada para o aumento da produtividade, fundamentada nas novas políticas de governo que absorvia a denominada “revolução verde”, favoreceu sobremaneira as características regionais e a produção da soja, que se tornou o principal produto agrícola do Rio Grande do Sul.
     Mas foi a partir da década de 1960, impulsionada pela política de subsídios ao trigo, visando auto-suficiência, que a soja se estabeleceu como cultura economicamente importante para o Brasil. Nessa década, a sua produção multiplicou-se por cinco (passou de 206 mil toneladas, em 1960, para 1,056 milhão de toneladas, em 1969) e 98% desse volume era produzido nos três estados da Região Sul, onde prevaleceu a dobradinha, trigo no inverno e soja no verão.
     Apesar do significativo crescimento da produção no correr dos anos 60, foi na década seguinte que a soja se consolidou como a principal cultura do agronegócio brasileiro, passando de 1,5 milhões de toneladas (1970) para mais de 15 milhões de toneladas (1979).
     Muitos fatores contribuíram para que a soja se estabelecesse como uma importante cultura, primeiro no sul do Brasil (anos 60 e 70) e, posteriormente, nos Cerrados do Brasil Central (anos 80 e 90).
     A primeira revolução tecnológica ocorrida no Rio Grande do Sul foi promovida em meados dos anos 60 pela “Operação Tatu”, programa que promoveu a calagem e correção da fertilidade dos solos, favorecendo o cultivo da soja.
     A Operação Tatu, experiência conduzida no Rio Grande do Sul, no final da década de 60, procurou demonstrar ao agricultor que as práticas da calagem e da adubação quando bem conduzidas são capazes de aumentar a produtividade e a renda da exploração. Essa bem sucedida operação alcançou resultados, cujos ganhos de produtividade variaram de 26%  a 200%.

1970    
     O auge da produção de trigo no estado data da década de 70, quando o Estado chegou a plantar 1.672.351 ha e desde então vem apresentando significativa redução ate que em 1995, registrou-se uma das menores áreas cultivadas da história com 638.881 ha.

1973
     A partir de 1973, empenhado em alcançar suas metas de redução da inflação, o Governo introduziu os subsídios ao consumo de farinhas, para evitar que altas internacionais de trigo, influíssem na inflação.

1975
     O estágio seguinte, que sucedeu a Operação Tatu, foi o do PROCAL, 1975-79, programa de abrangência nacional.
      A segunda revolução tecnológica, a partir de 1974, foi a difusão do Sistema de Plantio Direto-SPD, que permitindo diminuição drástica da erosão do solo e da melhoria dos seus níveis de fertilidade e de suas condições físicas, com conseqüente aumento de produtividade.

1990
     Em 1990, foi aprovada a Lei que acabou com o sistema de cotas de moagem e o monopólio da União na compra e venda de trigo.

1996
     O aumento das exportações de soja em grãos e farelo é impulsionado, a partir de 1996, pela Lei Kandir que desonerou os produtos voltados à exportação pela redução do ICMS.

2001
     Desde 2001, o SPD brasileiro é indicado pela FAO (Fundo das Nações Unidas para a Agricultura) como modelo de agricultura.

2005
  A terceira revolução  tecnológica foi a aprovação da legislação de biotecnologia no Brasil em 2005, autorizando o plantio e a comercialização da soja transgênica, constitui para o setor produtivo da soja a mais recente mudança no ambiente tecnológico.

Módulos Fiscais no RS

     Módulo Rural é calculado para cada imóvel rural em separado, e sua área reflete o tipo de exploração predominante no imóvel rural, segundo sua região de localização.
     Módulo Fiscal por sua vez, é estabelecido para cada município, e procura refletir a área mediana dos Módulos Rurais dos imóveis rurais do município.
     O módulo fiscal de cada município, expresso em hectares, será fixado pelo INCRA, através de Instrução Especial, levando-se em conta os seguintes fatores:
a – o tipo de exploração predominante no município;
I – hortifrutigranjeira;
II – cultura permanente;
III – cultura temporária;
IV – pecuária;
V – florestal;
b) a renda obtida no tipo de exploração predominante;
c) outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada;
d) o conceito de "propriedade familiar", constante do art. 4º, item II, da lei 4504, de 30 de novembro de 1964.

§ 1º. Na determinação do módulo fiscal da cada município o INCRA aplicará metodologia, aprovada pelo Ministro da Agricultura, que considere os fatores estabelecidos neste artigo, utilizando-se dos dados constantes do Sistema Nacional de Cadastro Rural.

§ 2º. O módulo fiscal fixado na forma deste artigo, será revisto sempre que ocorrerem mudanças na estrutura produtiva, utilizando-se os dados atualizados do Sistema Nacional de Cadastro Rural.

 Município -  ha
ACEGUA 28
AGUA SANTA 20
AGUDO 20
AJURICABA 20
ALECRIM 20
ALEGRETE 28
ALEGRIA 20
ALM TAMANDARE DO SUL 16
ALPESTRE 20
ALTO ALEGRE 18
ALTO FELIZ 18
ALVORADA 7
AMARAL FERRADOR 35
AMETISTA DO SUL 20
ANDRE DA ROCHA 25
ANTA GORDA 20
ANTONIO PRADO 12
ARAMBARE 16
ARARICA 14
ARATIBA 20
ARROIO DO MEIO 18
ARROIO DO PADRE 16
ARROIO DO SAL 18
ARROIO DO TIGRE 20
ARROIO DOS RATOS 14
ARROIO GRANDE 40
ARVOREZINHA 20
AUGUSTO PESTANA 20
AUREA 20
BAGE 28
BALNEARIO PINHAL 18
BARAO 18
BARAO DO COTEGIPE 20
BARAO DO TRIUNFO 14
BARRA DO GUARITA 20
BARRA DO QUARAI 28
BARRA DO RIBEIRO 14
BARRA DO RIO AZUL 20
BARRA FUNDA 20
BARRACAO 20
BARROS CASSAL 18
BENJAMIN CONSTANT DO SUL 20
BENTO GONCALVES 12
BOA VISTA DAS MISSOES 16
BOA VISTA DO BURICA 20
BOA VISTA DO CADEADO 20
BOA VISTA DO INCRA 20
BOA VISTA DO SUL 12
BOM JESUS 25
BOM PRINCIPIO 18
BOM PROGRESSO 20
BOM RETIRO DO SUL 18
BOQUEIRAO DO LEAO 18
BOSSOROCA 20
BOZANO 20
BRAGA 20
BROCHIER 18
BUTIA 20
CACAPAVA DO SUL 35
CACEQUI 28
CACHOEIRA DO SUL 20
CACHOEIRINHA 7
CACIQUE DOBLE 20
CAIBATE 20
CAICARA 20
CAMAQUA 16
CAMARGO 20
CAMBARA DO SUL 25
CAMPESTRE DA SERRA 25
CAMPINA DAS MISSOES 20
CAMPINAS DO SUL 20
CAMPO BOM 7
CAMPO NOVO 20
CAMPOS BORGES 18
CANDELARIA 20
CANDIDO GODOI 20
CANDIOTA 35
CANELA 18
CANGUCU 16
CANOAS 7
CANUDOS DO VALE 18
CAPAO BONITO DO SUL 25
CAPAO DA CANOA 18
CAPAO DO CIPO 35
CAPAO DO LEAO 16
CAPELA DE SANTANA 18
CAPITAO 18
CAPIVARI DO SUL 18
CARAA 18
CARAZINHO 16
CARLOS BARBOSA 12
CARLOS GOMES 20
CASCA 20
CASEIROS 25
CATUIPE 20
CAXIAS DO SUL 12
CENTENARIO 20
CERRITO 16
CERRO BRANCO 20
CERRO GRANDE 16
CERRO GRANDE DO SUL 16
CERRO LARGO 20
CHAPADA 16
CHARQUEADAS 14
CHARRUA 20
CHIAPETA 20
CHUI 40
CHUVISCA 16
CIDREIRA 18
CIRIACO 20
COLINAS 18
COLORADO 20
CONDOR 20
CONSTANTINA 20
COQUEIRO BAIXO 18
COQUEIROS DO SUL 16
CORONEL BARROS 20
CORONEL BICACO 16
CORONEL PILAR 18
COTIPORA 12
COXILHA 16
CRISSIUMAL 20
CRISTAL 16
CRISTAL DO SUL 20
CRUZ ALTA 20
CRUZALTENSE 20
CRUZEIRO DO SUL 18
DAVID CANABARRO 20
DERRUBADAS 20
DEZESSEIS DE NOVEMBRO 20
DILERMANDO DE AGUIAR 22
DOIS IRMAOS 18
DOIS IRMAOS DAS MISSOES 20
DOIS LAJEADOS 20
DOM FELICIANO 16
DOM PEDRITO 28
DOM PEDRO DE ALCANTARA 18
DONA FRANCISCA 20
DOUTOR MAURICIO CARDOSO 20
DOUTOR RICARDO 18
ELDORADO DO SUL 14
ENCANTADO 18
ENCRUZILHADA DO SUL 35
ENGENHO VELHO 20
ENTRE RIOS DO SUL 20
ENTRE-IJUIS 20
EREBANGO 20
ERECHIM 20
ERNESTINA 16
ERVAL GRANDE 20
ERVAL SECO 20
ESMERALDA 25
ESPERANCA DO SUL 20
ESPUMOSO 18
ESTACAO 20
ESTANCIA VELHA 7
ESTEIO 7
ESTRELA 20
ESTRELA VELHA 20
EUGENIO DE CASTRO 20
FAGUNDES VARELA 12
FARROUPILHA 12
FAXINAL DO SOTURNO 20
FAXINALZINHO 20
FAZENDA VILANOVA 18
FELIZ 18
FLORES DA CUNHA 12
FLORIANO PEIXOTO 20
FONTOURA XAVIER 20
FORMIGUEIRO 22
FORQUETINHA 18
FORTALEZA DOS VALOS 20
FREDERICO WESTPHALEN 20
GARIBALDI 12
GARRUCHOS 20
GAURAMA 20
GENERAL CAMARA 14
GENTIL 20
GETULIO VARGAS 20
GIRUA 20
GLORINHA 10
GRAMADO 18
GRAMADO DOS LOUREIROS 20
GRAMADO XAVIER 20
GRAVATAI 10
GUABIJU 20
GUAIBA 14
GUAPORE 20
GUARANI DAS MISSOES 20
HARMONIA 18
HERVAL 40
HERVEIRAS 20
HORIZONTINA 20
HULHA NEGRA 28
HUMAITA 20
IBARAMA 20
IBIACA 20
IBIRAIARAS 25
IBIRAPUITA 18
IBIRUBA 20
IGREJINHA 18
IJUI 20
ILOPOLIS 18
IMBE 18
IMIGRANTE 20
INDEPENDENCIA 20
INHACORA 20
IPE 20
IPIRANGA DO SUL 20
IRAI 22
ITAARA 28
ITACURUBI 20
ITAPUCA 20
ITAQUI 18
ITATI 20
ITATIBA DO SUL 35
IVORA 18
IVOTI 16
JABOTICABA 18
JACUIZINHO 20
JACUTINGA 22
JAGUARAO 40
JAGUARI 25
JAQUIRANA 35
JARI 35
JOIA 20
JULIO DE CASTILHOS 20
LAGOA BONITA DO SUL 20
LAGOA DOS TRES CANTOS 25
LAGOA VERMELHA 18
LAGOAO 18
LAJEADO 16
LAJEADO DO BUGRE 35
LAVRAS DO SUL 20
LIBERATO SALZANO 18
LINDOLFO COLLOR 18
LINHA NOVA 20
MACAMBARA 20
MACHADINHO 20
MAMPITUBA 18
MANOEL VIANA 35
MAQUINE 18
MARATA 18
MARAU 20
MARCELINO RAMOS 20
MARIANA PIMENTEL 14
MARIANO MORO 20
MARQUES DE SOUZA 18
MATA 22
MATO CASTELHANO 16
MATO LEITAO 20
MATO QUEIMADO 20
MAXIMILIANO DE ALMEIDA 20
MINAS DO LEAO 20
MIRAGUAI 20
MONTAURI 20
MONTE ALEGRE DOS CAMPOS 25
MONTE BELO DO SUL 12
MONTENEGRO 18
MORMACO 18
MORRINHOS DO SUL 18
MORRO REDONDO 16
MORRO REUTER 18
MOSTARDAS 25
MUCUM 18
MUITOS CAPOES 25
MULITERNO 20
NAO ME TOQUE 20
NICOLAU VERGUEIRO 20
NONOAI 20
NOVA ALVORADA 20
NOVA ARACA 20
NOVA BASSANO 20
NOVA BOA VISTA 20
NOVA BRESCIA 18
NOVA CANDELARIA 20
NOVA ESPERANCA DO SUL 22
NOVA HARTZ 14
NOVA PADUA 12
NOVA PALMA 20
NOVA PETROPOLIS 18
NOVA PRATA 20
NOVA RAMADA 20
NOVA ROMA DO SUL 12
NOVA SANTA RITA 7
NOVO BARREIRO 16
NOVO CABRAIS 20
NOVO HAMBURGO 7
NOVO MACHADO 20
NOVO TIRADENTES 20
NOVO XINGU 20
OSORIO 18
PAIM FILHO 20
PALMARES DO SUL 18
PALMEIRA DAS MISSOES 16
PALMITINHO 20
PANAMBI 20
PANTANO GRANDE 20
PARAI 20
PARAISO DO SUL 20
PARECI NOVO 18
PAROBE 18
PASSA SETE 20
PASSO DO SOBRADO 20
PASSO FUNDO 16
PAULO BENTO 20
PAVERAMA 18
PEDRAS ALTAS 40
PEDRO OSORIO 16
PEJUCARA 20
PELOTAS 16
PICADA CAFE 18
PINHAL 16
PINHAL DA SERRA 25
PINHAL GRANDE 35
PINHEIRINHO DO VALE 20
PINHEIRO MACHADO 35
PIRAPO 20
PIRATINI 35
PLANALTO 20
POCO DAS ANTAS 18
PONTAO 16
PONTE PRETA 20
PORTAO 7
PORTO ALEGRE 5
PORTO LUCENA 20
PORTO MAUA 20
PORTO VERA CRUZ 20
PORTO XAVIER 20
POUSO NOVO 18
PRESIDENTE LUCENA 18
PROGRESSO 18
PROTASIO ALVES 20
PUTINGA 20
QUARAI 28
QUATRO IRMAOS 20
QUEVEDOS 35
QUINZE DE NOVEMBRO 20
REDENTORA 20
RELVADO 18
RESTINGA SECA 22
RIO DOS INDIOS 20
RIO GRANDE 25
RIO PARDO 20
RIOZINHO 18
ROCA SALES 18
RODEIO BONITO 20
ROLADOR 20
ROLANTE 18
RONDA ALTA 20
RONDINHA 20
ROQUE GONZALES 20
ROSARIO DO SUL 28
SAGRADA FAMILIA 16
SALDANHA MARINHO 20
SALTO DO JACUI 18
SALVADOR DAS MISSOES 20
SALVADOR DO SUL 18
SANANDUVA 20
SANTA BARBARA DO SUL 20
SANTA CECILIA DO SUL 25
SANTA CLARA DO SUL 18
SANTA CRUZ DO SUL 20
SANTA MARGARIDA DO SUL 28
SANTA MARIA 22
SANTA MARIA DO HERVAL 18
SANTA ROSA 20
SANTA TEREZA 12
SANTA VITORIA DO PALMAR 40
SANTANA DA BOA VISTA 35
SANTANA DO LIVRAMENTO 28
SANTIAGO 35
SANTO ANGELO 20
SANTO ANTONIO DA PATRULHA 18
SANTO ANTONIO DAS MISSOES 20
SANTO ANTONIO DO PALMA 20
SANTO ANTONIO DO PLANALTO 16
SANTO AUGUSTO 16
SANTO CRISTO 20
SANTO EXPEDITO DO SUL 20
SAO BORJA 20
SAO DOMINGOS DO SUL 20
SAO FRANCISCO DE ASSIS 35
SAO FRANCISCO DE PAULA 25
SAO GABRIEL 28
SAO JERONIMO 14
SAO JOAO DA URTIGA 20
SAO JOAO DO POLESINE 20
SAO JORGE 20
SAO JOSE DAS MISSOES 16
SAO JOSE DO HERVAL 20
SAO JOSE DO HORTENCIO 18
SAO JOSE DO INHACORA 20
SAO JOSE DO NORTE 25
SAO JOSE DO OURO 20
SAO JOSE DO SUL 18
SAO JOSE DOS AUSENTES 25
SAO LEOPOLDO 7
SAO LOURENCO DO SUL 16
SAO LUIZ GONZAGA 20
SAO MARCOS 12
SAO MARTINHO 20
SAO MARTINHO DA SERRA 22
SAO MIGUEL DAS MISSOES 20
SAO NICOLAU 20
SAO PAULO DAS MISSOES 20
SAO PEDRO DA SERRA 18
SAO PEDRO DAS MISSOES 16
SAO PEDRO DO BUTIA 20
SAO PEDRO DO SUL 22
SAO SEBASTIAO DO CAI 18
SAO SEPE 35
SAO VALENTIM 20
SAO VALENTIM DO SUL 20
SAO VALERIO DO SUL 16
SAO VENDELINO 18
SAO VICENTE DO SUL 22
SAPIRANGA 7
SAPUCAIA DO SUL 7
SARANDI 20
SEBERI 20
SEDE NOVA 20
SEGREDO 20
SELBACH 20
SENADOR SALGADO FILHO 20
SENTINELA DO SUL 16
SERAFINA CORREA 20
SERIO 18
SERTAO 20
SERTAO SANTANA 16
SETE DE SETEMBRO 20
SEVERIANO DE ALMEIDA 20
SILVEIRA MARTINS 22
SINIMBU 20
SOBRADINHO 20
SOLEDADE 18
TABAI 18
TAPEJARA 20
TAPERA 20
TAPES 16
TAQUARA 18
TAQUARI 18
TAQUARUCU DO SUL 20
TAVARES 25
TENENTE PORTELA 20
TERRA DE AREIA 18
TEUTONIA 18
TIO HUGO 20
TIRADENTES DO SUL 20
TOROPI 22
TORRES 18
TRAMANDAI 18
TRAVESSEIRO 18
TRES ARROIOS 20
TRES CACHOEIRAS 18
TRES COROAS 18
TRES DE MAIO 20
TRES FORQUILHAS 18
TRES PALMEIRAS 20
TRES PASSOS 20
TRINDADE DO SUL 20
TRIUNFO 18
TUCUNDUVA 20
TUNAS 18
TUPANCI DO SUL 20
TUPANCIRETA 35
TUPANDI 18
TUPARENDI 20
TURUCU 16
UBIRETAMA 20
UNIAO DA SERRA 20
UNISTALDA 35
URUGUAIANA 28
VACARIA 25
VALE DO SOL 20
VALE REAL 18
VALE VERDE 14
VANINI 20
VENANCIO AIRES 20
VERA CRUZ 20
VERANOPOLIS 12
VESPASIANO CORREA 16
VIADUTOS 20
VIAMAO 10
VICENTE DUTRA 20
VICTOR GRAEFF 20
VILA FLORES 12
VILA LANGARO 20
VILA MARIA 20
VILA NOVA DO SUL 35
VISTA ALEGRE 20
VISTA ALEGRE DO PRATA 20
VISTA GAUCHA 20
VITORIA DAS MISSOES 20
WESTFALIA 18
XANGRI-LA 18

12 de março de 2012

Momento Gaudério

Definição do grito
Uma vez num outro estado me pediram a informação
Porque é que no Rio Grande todo gaúcho é gritão
Respondendo ao pé da letra já lhe dei a explicação
São tradições do estado pra quem foi acostumado
A gritar com a criação

Eu me criei na campanha saltando de madrugada
Obedecendo o patrão e pondo a tropa na estrada
Quem quiser ver coisa feia é uma tropa estourada
É aí que eu acredito que a gente não dando uns gritos
Se perde toda a boiada

Assim mesmo não são todos no falar agritalhado
O gaúcho da cidade tem um falar moderado
Na campanha é que há razões de falar mais alterado
Isto são coisas da vida prá quem se criou na lida
Sempre gritando com gado

Dou definição do grito porque me criei tropeando
Hoje de vida mudada vivo no disco gravando
As vezes tenho a impressão que escuto o gado berrando
Por isto é que eu facilito e sem querer prendo-lhe um grito
E canto a letra gritando

A resposta da pergunta sempre eu achei mais bonita
E lá pras bandas do norte aonde eu não fiz visita
Responderei pelo disco sei que este povo acredita
E nesta minha canção fica dada a explicação
De porque que o gaúcho grita
                                                     Gildo de Freitas

8 de março de 2012

Pagamento por Serviços Ambientais - PSA

     Pagamentos por serviços ambientais (PSA) são transferências financeiras de beneficiados de serviços ambientais para os que, devido a práticas que conservam a natureza, fornecem esses serviços.
    Os PSA podem promover a conservação através de incentivos financeiros para os fornecedores de serviços ecossistêmicos.
    As áreas protegidas são potencias provedoras e os sistemas de PSA podem direcionar recursos para essas, o que, diante do contexto nacional de descaso político e desvalorização orçamentária, pode representar um incremento significativo para a gestão das mesmas.

    Um relatório da ONU, identificou 24 serviços do ecossistema. Tal relatório definiu as grandes categorias de serviços ambientais como:
 a provisão de alimentos, fibras e energia;
 a manutenção dos recursos genéticos para o desenvolvimento de produtos industriais, farmacológicos e agrícolas;
 a possibilidade de estudos;
 a provisão de madeira e minerais;
 a estabilização do clima;
 o controle de pestes e doenças;
 a purificação do ar e da água;
 a manutenção da fertilidade do solo e do ciclo de nutrientes;
 a decomposição dos rejeitos orgânicos;
 os benefícios estéticos e culturais e
 as possibilidades de lazer.

    Atualmente os de maior interesse e a receber mais dinheiro são:
1. a mitigação das alterações climáticas,
2. a conservação da biodiversidade e
3. os serviços de bacias hidrográficas.

     A natureza, fonte de tantos benefícios, vem sendo degradada intensivamente pelas atividades antrópicas.
    No Brasil cabe ao setor público ser o principal promotor da conservação, seja através da legislação, de políticas e projetos específicos e do orçamento destinado à gestão ambiental.
    Os orçamentos federal, estadual e municipais para a gestão ambiental vem sendo minimizados.
    Apesar desse descaso orçamentário, o setor público vem atuado fortemente na área ambiental através da legislação.
   Pode-se dizer que o Brasil possui um complexo arcabouço legal destinado à conservação da natureza.
  Infelizmente a falta de prioridade política e orçamentária acaba por impedir que muitas das leis criadas sejam cumpridas, seja por falta de fiscalização, pelo descaso ou por interesses outros. Mesmo assim, a legislação é uma das principais ferramentas públicas para a preservação.
   Nesse contexto podemos destacar a criação da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) – Lei Nº 9.985 – em 18 de junho de 2000. Seu objetivo central é instituir “o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza” estabelecendo “critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação” (art. 1°). Ou seja, a Lei do SNUC visa a proteção do patrimônio ambiental brasileiro através da criação e gestão eficiente de áreas destinadas à conservação do meio ambiente.
    Outros objetivos dessa lei são: a conservação dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais e das práticas de conservação; a recuperação de áreas degradadas; o incentivo a pesquisa, a estudos, a educação e a recreação; e a valorização econômica e social da diversidade biológica e das comunidades tradicionais e suas culturas e meios de subsistência.
    Assim, foram criados no corpo da Lei do SNUC os seguintes instrumentos que se enquadram em sistemas de pagamentos por serviços ecossistêmicos:
• pagamentos pela exploração comercial de produtos, subprodutos ou serviços obtidos ou desenvolvidos a partir dos recursos naturais ou da exploração da imagem de unidade de conservação;
• pagamentos previstos pela compensação ambiental, onde os empreendimentos considerados de significativo impacto ambiental devem destinar pelo menos 0,05% dos custos totais previstos para sua implantação para a implantação e manutenção de unidades de conservação;
• pagamentos de empresas de abastecimento de água beneficiadas pela proteção proporcionada por uma unidade de conservação; e
• pagamentos de empresas de distribuição de energia elétrica beneficiadas pela proteção proporcionada por uma unidade de conservação.

     A possibilidade de esquemas de PSA que direcionem recursos para essas áreas pode significar uma contribuição efetiva para a gestão dessas, uma vez que a maioria delas passa por dificuldades funcionais devido à falta de recursos financeiros.
    Apesar de relativamente novo, esse mercado já consolidou algumas experiências e, na prática, já respondeu a diversos questionamentos, como:
 qual o custo da polinização das plantas pelos insetos
 o valor do cenário de uma cascata, um planta em flor, uma paisagem
 a purificação do ar transformando gás carbônico em oxigênio (fotossíntese)
 a filtragem das águas superficiais revitalizando as nascentes
 o banco genético

   Grande parte dessas questões vem sendo respondida graças ao crescente número de instituições participantes, tanto privadas quanto públicas, que vêm sendo fundamentais para o processo de construção dos mercados de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
   A idéia básica do PSA é remunerar quem, direta ou indiretamente, preserva o meio ambiente. Isso significa recompensar com dinheiro, ou outros meios, aqueles que ajudam a conservar ou produzir serviços ambientais mediante a adoção de práticas conservacionistas.
   O modelo atual utilizado ainda é o “poluidor-pagador” que consiste em cobrar daquele que polui.
 
  Um dos maiores e melhores exemplos de PSA é o sistema de abastecimento de água potável em Nova York.
  A Bacia Hidrográfica da Cidade de Nova York atende diariamente as necessidades de 9 milhões de residentes e visitantes.
   O sistema municipal de abastecimento é uma combinação de mananciais, túneis, aquedutos e reservatórios, representando um dos maiores e mais complexos sistemas municipal de abastecimento de água do mundo.
    O sucesso do PSA em Nova York representa um caso pioneiro e bem sucedido de parceria público-privado. Uma agência municipal de aproximadamente 6 mil funcionários que gerencia e conserva o abastecimento de água da cidade, financia e implementa um abrangente programa de longo prazo de proteção dos mananciais, o qual mantém e protege as fontes de alta qualidade de água potável.
   O custo de proteger as fontes de suprimento de água da cidade de Nova York, por meio do PSA (mais de 1,5 bilhão de dólares desde 1997) é extremamente econômico em termos de custo quando comparado com a construção de uma unidade de tratamento (10 bilhões de dólares) e custos de operação desta unidade (mais de 1 milhão de dólares por dia).